segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Por esse dia…

mão de pai e filho

Ontem foi dia dos pais, e foi o oitavo sem meu querido “papai”.

O dia não foi dos mais felizes – a saudade e o vazio tomou uma dimensão imensurável.

Sou capaz de sentir o seu cheiro e ouvir sua voz…

“Eu já te falei de tudo, mas tudo isto é pouco, diante do que sinto.
Olhando seus cabelos tão bonitos, beijo suas mãos e digo,
MEU querido, meu velho, meu amigo”.

Não quis colocar aqui nada que viesse provocar tristeza em qualquer pessoa num dia tão especial, então resolvi manter o silêncio neste dia dos pais.

Hoje meu pai - a saudade e o vazio não está nem uma gota menor do que ontem – são coisas que ao contrário do que dizem – o tempo não faz passar.

Para os que me conhecem no mundo real, sabem que não estou na melhor das fases da minha vida  e você também tenho certeza que sabes – porque olha por nós de onde estás.

É hora de recomeço, e recomeços exigem força e determinação.

Diversos foram os meus recomeços, costumo dizer que minha vida é cíclica – e de tão cíclica me deixa zonza com as voltas que ela me dá.

Na verdade hoje o recomeço é mais difícil e me falta disposição.

Você pode estar se perguntando o que isto tem com a saudade e o vazio que aumentou com o dia dos pais???

Simples…

Apesar de estar em 4.3, hoje sinto que a força que eu tinha nos meus outros recomeços vinha do olhar confiante de meu pai.

Se havia alguém que tinha a certeza de que eu “daria conta do recado” era ele.

O orgulho e a satisfação que ele sempre teve de me ver transpondo obstáculos e realizando coisas e sonhos era o que me alimentava e dava forças para não baquear em qualquer circunstâncias, e isto sempre foi para as três filhas.

Como dito em outras postagens, meu pai sempre foi uma pessoa DO BEM, honrado, trabalhador e amigo.

Trabalhou por anos a fio saindo de casa as 4:30 da manhã para trabalhar em outro municipio e JAMAIS, em dia algum dos seus dias ouvi um “A” de reclamação pela luta diária, muito pelo contrário – orgulhava-se de ter galgado para chegar na posição que exercia no seu trabalho.

E qualquer elogio que eu faça – SERIA POUCO – para ele.

Acho que estou numa crise “adultescente” – e me falta neste momento (meu amado PAPAI) o teu olhar firme me dizendo VAI DAR CERTO.

Quando crianças não fomos totalmente santas mas longe de ser uma perturbação na vida dos nossos pais.

Apesar das travessuras éramos capazes de compreender e respeitar o horário de sono e de descanso do meu pai, minha mãe nunca precisou nos matar de gritos e pancadas para deixá-lo repousar tranquilamente ou para concluir seus afazeres do lar.

Minha mãe é uma FORTALEZA, não sei se eu no lugar dela teria suportado tantas coisas, tantas lutas e a dor de perder uma filha e o marido em um curto espaço de tempo.

AMO de paixão e com loucura essa criatura, assim como não deixei de amar meu querido PAI.

Vejo inúmeros filhos renegarem seus pais – não darem atenção – não darem suporte amoroso, psicológico ou financeiro – LAMENTO por eles – pois talvez nunca descubram a felicidade de sentir com seus pais ainda vivos o quanto são importantes na vida.

Graças ao bom Deus – tenho a certeza que esta CERTEZA meu pai sempre teve e levou com ele – O QUANTO ERA (E É) AMADO POR NÓS.

Assim como minha mãe, que vê a luta diária, os rolos e tudo mais que acaba perturbando sua paz de espírito – mas ela sabe que apesar de não termos o hábito de ficar falando – fazemos algo além disso – MOSTRAMOS que a amamos muito – que ela é muito, muito importante para nós.

E uma das provas disso é o “pega” de netos e bisneta para ficar perto e dormir com ela.

Fica aqui o meu eterno agradecimento ao PAPAI e a MAMÃE,  e a lembrança – saudade gigante – e lamento por não tê-lo aqui neste momento.

Mas fica aqui também relatado o quando minha mãe e minha família são importantes na minha vida.

Dizer obrigada por tudo é o mínimo que posso dizer!!!!!

Desculpem a falta de nexo na escrita.